Tudo que sairá de minha boca caindo na minha língua
Não passa de um veneno sádico cheio de trevas
Essa mesma língua que pode amar o mundo
Se torna a mesma que destrói sonhos e almas
Bendito seja aqueles anjos imaculados
Bendito seja as cancões de ninar aos puros
Maldito seja os hinos de guerra aos vivos
Maldito seja as palavras corrompidas de lástimas
Palavras imundas no estopim de um Holocausto
Línguas de najas humanas transbordadas de ira
Milhares morrem com cruéis verdades
Mesmo assim não controlo minha boca maldita
Aquilo que eu me arrependi ao ter dito
Um perdão sínico entre os joelhos desgastados
Costuro minha boca como a porta de Lúcifer
Não, a calamidade descansa em minha língua
Que em minha boca repouse o silêncio de inocentes
Que em minha língua não escorra o sangue dos que matei
Que minhas palavras de redenção me tornem sábio
Que ao passar pelo paraíso como descrente
Pago meus pecados da eternidade na lava do inferno.
By Gevazio
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